top of page
48397439_319776955542642_682006885382592

Sobre Team Red Tigers de Artes Marciais

As lutas compõem o acervo de práticas corporais e acompanham as diversas civilizações historicamente. Constituem-se como uma representação dos povos e têm importância destacada nas diferentes culturas.

Em termos gerais, pensando nas práticas de luta sistematizada, inclusive aquelas que apresentam forte relação com a cultura brasileira, como é o caso do Karatê, do Judô e das práticas corporais dos povos indígenas, o processo de ensino e de treinamento esteve muito relacionado a certas instituições específicas, de modo que as modalidades, muitas vezes, ficaram restritas à ambientes como academias de ginástica e clubes esportivos, cujo acesso privou grande parte da população de se envolver de modo significativo com estas práticas.

As lutas e artes marciais têm apresentado aumento midiático significativo, o que tem ocasionado incremento na sua popularidade junto à população de forma geral. Esse fato fica reforçado pela representatividade de eventos competitivos de luta, bem como pela sua forte relação com desenhos animados da cultura infantil e filmes que apresentam a luta como temática. Contudo, entende-se que esse aumento de popularidade citado precisa vir acompanhado de um processo formativo que disponibilize e trabalhem adequadamente os preceitos filosóficos e éticos que as lutas advogam em sua essência, favorecendo a possibilidade de práticas baseadas nos preceitos do esporte educacional como uma ação para o desenvolvimento da cidadania e qualidade de vida.


O esporte como parte do processo educacional é definido pela Lei nº 9.615/88 compreendendo as atividades práticas no sistema de ensino e em forma assistemáticas de Educação, evitando-se a seletividade e a hipercompetitividade de seus praticantes, com a finalidade de alcançar o desenvolvimento integral do indivíduo, a sua formação para a cidadania e a prática do lazer ativo.

Tem como princípios socioeducativos os seguintes pilares: Princípio da Inclusão; Princípio da Participação; Princípio da Cooperação; Princípio da Coeducação; e Princípio da Corresponsabilidade. Já, o esporte reconhecido como fenômeno sociocultural, cuja prática é considerada pelo artigo 217 da Constituição Federal “direito de todos”, tem no jogo o seu vínculo cultural e na competição o seu elemento essencial, o qual deve contribuir para a formação e aproximação dos seres humanos ao reforçar o desenvolvimento de valores como a moral, a ética, a solidariedade, a fraternidade e a cooperação.

Em decorrência, constitui dever do Estado garantir à sociedade, independente da condição socioeconômica de seus distintos segmentos, o acesso ao esporte e ao lazer. E, sob esta premissa, queremos formular Políticas Privadas e Públicas, assegurando os direitos sociais fundamentais a todos os cidadãos com qualidade, equidade e universalidade, esforçando-se para o crescimento do esporte no País. Neste sentido, busca-se democratizar o acesso à prática e à cultura do Esporte de forma a promover o desenvolvimento integral de crianças, adolescentes, jovens e adultos, como fator de formação da cidadania e melhoria da qualidade de vida, prioritariamente em áreas de vulnerabilidade social.

História: Sobre
samu_edited.png

História do Budô

Budô é um composto da raiz bu, que significa a guerra ou as artes marciais, e do, o caminho de sentido ou forma. Especificamente, Do é derivada do sânscrito marga budista (o que significa o "caminho" para a iluminação). O termo remete à ideia de formulação de proposições, submetê-los à crítica filosófica e, em seguida, na sequência de um "caminho" para realizá-los. Não significa um "modo de vida". No contexto japonês, é um termo experiencial, experimental, no sentido de que a prática (o modo de vida) é a norma para verificar a validade da disciplina cultivada através de uma determinada forma de arte. O budô moderno não tem nenhum inimigo externo, só o inimigo interno, uma de ego que deve ser combatido (estado de Mushin-Muga).

Bujutsu é um composto de raízes bu e jutsu que significa ciência, ofício ou arte. O budô é mais freqüentemente traduzido como "o caminho da guerra" ou "caminho marcial", enquanto bujutsu é traduzido como "ciência da guerra" ou "ofício marcial". No entanto ambos, budô e bujutsu, são utilizados com o termo "arte marcial".

O budô e o bujutsu tem uma diferença bastante delicada. Enquanto o bujutsu só dá atenção para a parte física de luta (a melhor maneira de derrotar um inimigo), o budô também dá atenção para a mente e como se deve desenvolver-se. O budô moderno usa aspectos do estilo de vida dos samurais do Japão feudal e os traduz para o auto-desenvolvimento na vida moderna.

O bujutsu era um conjunto de disciplinas marciais que podiam ser treinadas apenas pelos bushi (ou samurais) visando seu uso em batalha. Alguns exemplos são: kenjutsu (técnica da espada), iaijutsu (técnica de desembainhar a espada), sojutsu (técnica da lança), kyujutsu (técnica do arco), naginatajutsu (técnica da alabarda), jujutsu (técnica suave), aikijujutsu (técnica suave com harmonização do ki), entre outros.

A partir do Xogunato Tokugawa (século XVII), com a estabilização e pacificação do Japão, o bujutsu começa a perder sua importância como instrumento de guerra e a ganhar uma conotação mais formadora e educacional. Após a restauração Meiji, que terminou com o Xogunato e a sociedade estratificada, a classe guerreira deixou de existir e, assim, nada mais restava das antigas circunstâncias que sustentavam as tradicionais técnicas de guerra. Elas haviam perdido completamente seu propósito original.

Para preservar o patrimônio marcial japonês foram necessárias mudanças para se conformar com os novos tempos. Uma das mudanças foi a dos objetivos. A nova finalidade não poderia ser mais a guerra, já que boa parte das técnicas, já naquela época, eram anacrônicas tendo em vista os equipamentos e armamentos modernos. Outra mudança foi em relação ao público que tinha acesso às antigas técnicas: os samurais já não existiam.

A nova finalidade foi explicitar o caráter formador e educacional em detrimento da busca pela eficiência letal. Através do treino das técnicas se cultivaria corpo, mente e espírito para o auto-desenvolvimento. E as técnicas estavam abertas para toda a sociedade. Por essas razões, muitas técnicas foram adaptadas e algumas até eliminadas. Não deveriam ser mais, técnicas que visavam a guerra e a morte, exclusivas dos samurais, mas caminhos educacionais para o aperfeiçoamento humano que estavam ao alcance de qualquer um.

judô foi um dos primeiros budô modernos. Jigoro Kano percebeu o valor educacional do budô e, no caso dele, compilou diversos estilos de jujutsu e idealizou uma disciplina para o novo Japão.

Seguindo este exemplo, vieram diversas outras como o kendô (caminho da espada),o aikidô (caminho da harmonização do ki), o karatê-dô (caminho das mãos vazias) e assim por diante.

História: Sobre
kara.png

História do Karatê

O karatê é uma arte marcial japonesa que surgiu na ilha Okinawa. A história do karatê começa quando o monge indiano Bodhidarma caminhava da Índia para China querendo fundar um mosteiro budista. Além dos conceitos de contemplação do budismo, Bodhidarma levou uma técnica de luta sem armas, com objetivo de manutenção da saúde e autodefesa, dando início as artes marciais.
Okinawa pertencia a China durante a dinastia Ming e o intercâmbio cultural foi inevitável. Após o final da dinastia Ming, Okinawa passa a ser dominada pelo Japão. Querendo evitar uma rebelião, os japoneses proíbem o uso de armas de fogo em Okinawa, assim, a população começou a utilizar pés e mãos como forma de defesa. Os mestres selecionavam os alunos e seus treinos eram secretos. A repressão da elite japonesa era tão grande que foi comparada com a perseguição a capoeira no Brasil Imperial. 
No séc. XIX com a liberação do uso de armas de fogo, a história do karatê muda, o karatê começa a ser praticado com enfoque em educação física e fundamentação espiritual, sendo introduzido como educação física em 1905. 
O principal responsável por popularizar o karatê fora de Okinawa foi o mestre Gichin Funakoshi. Em 1916, fez a primeira demonstração pública na cidade de Kyoto. Em 1921, faz uma apresentação para Hiroshita, o futuro imperador do Japão. Em 1923, o mestre Funakoshi se muda para Tóquio com intuito de propagar o karatê no Japão, sempre buscando formar homens como cidadãos úteis para sociedade.
Após a derrota japonesa na 2ª Guerra Mundial, as forças Norte Americanas dominaram o Japão e proibiram a prática do karatê. Porém, alguns alunos de Funakoshi convenceram que o karatê era um esporte inofensivo, além disso, alguns soldados americanos estavam interessados em aprender aquela nova arte marcial. Assim, com a imigração japonesa, o karatê se propagou pelo mundo ganhando adeptos de várias nações do mundo.

História: Sobre
bottom of page